Histórias reais: como PMEs sobreviveram a crises econômicas

As pequenas e médias empresas (PMEs) representam a espinha dorsal da economia brasileira, respondendo por 30% do PIB nacional e cerca de 50% dos empregos formais. No entanto, esses negócios frequentemente enfrentam desafios significativos durante períodos de instabilidade econômica.

Ao longo das últimas décadas, o Brasil passou por diversas crises que testaram a resiliência dessas empresas, desde a crise financeira global de 2008 até a recente pandemia de COVID-19. Muitos empreendedores viram seus sonhos ameaçados, mas alguns conseguiram transformar adversidades em oportunidades.

Este artigo, sobre como PMEs sobreviveram a crises econômicas, apresenta histórias reais de PMEs que não apenas sobreviveram a esses períodos turbulentos, mas encontraram formas de se reinventar e, em alguns casos, até prosperar. Através dessas narrativas inspiradoras, identificamos estratégias práticas que podem ajudar empreendedores a fortalecer seus negócios contra futuras adversidades.

O impacto das crises econômicas nas PMEs brasileiras

O impacto das crises econômicas nas PMEs brasileiras
O impacto das crises econômicas nas PMEs brasileiras

A crise financeira global de 2008

A crise de 2008 afetou aproximadamente 63% das PMEs brasileiras, com quedas médias de 17% no faturamento, especialmente em setores dependentes de exportações. O aumento das taxas de juros e a redução do acesso ao crédito forçaram muitas empresas a renegociar dívidas e cortar custos operacionais. Um estudo do Sebrae-SP revelou que 60% das empresas relataram queda na demanda, enquanto 45% enfrentaram dificuldades para obter empréstimos.

A recessão econômica de 2015-2016

Entre 2015 e 2016, a recessão brasileira provocou uma queda de 17% no faturamento médio das PMEs. Nesse período, cerca de 23% das empresas fecharam nos primeiros dois anos de operação, evidenciando a fragilidade do ecossistema empresarial, especialmente para negócios sem planejamento adequado de fluxo de caixa. O empreendedorismo por necessidade cresceu, com profissionais demitidos buscando alternativas para gerar renda.

A pandemia de COVID-19

A crise sanitária de 2020-2021 representou um choque sem precedentes para as PMEs, com 77,7% reportando queda nas receitas e 40% enfrentando reduções superiores a 40%. Setores como turismo, eventos e hospedagem foram paralisados, enquanto empresas de serviços essenciais e varejo precisaram se adaptar rapidamente. Uma pesquisa da FecomercioSP destacou que 55% das empresas paulistas tiveram quedas de mais de 75% nas vendas durante a quarentena, com 85% fechando temporariamente.

Histórias reais de superação e adaptação

Histórias reais de superação e adaptação
Histórias reais de superação e adaptação

Quinta do Olivardo: do turismo ao delivery

Olivardo Saqui, proprietário da Quinta do Olivardo, um espaço de 4 hectares em São Roque (SP) que abrigava restaurante português, adega e atrações turísticas, viu seu negócio paralisar completamente durante a pandemia. Com 243 funcionários e sem conseguir aprovação para empréstimos emergenciais, Olivardo teve que demitir 110 pessoas. Para evitar a falência, implementou serviços de delivery e drive-thru, montando uma cozinha na capital paulista para atender seus clientes habituais.

“Cerca de 80% do meu público é da capital paulista, então encontrei uma cozinha que estava parada perto do centro e montei um delivery”, afirma Olivardo. Embora a receita tenha caído drasticamente, essa adaptação permitiu que o negócio continuasse operando com cerca de 20% da receita original, mantendo-se vivo até a reabertura gradual do setor.

Senhor Coelho: de uniformes para eventos a EPIs

Thais Mozer, proprietária da Senhor Coelho, empresa de confecção de uniformes para eventos, viu seu setor de atuação desaparecer com a pandemia. Com prejuízos estimados em R$ 100 mil, incluindo contratos cancelados e material encalhado, Thais precisava encontrar uma alternativa para manter seus 12 funcionários.

A solução veio através da produção de equipamentos de proteção individual (EPIs) para hospitais e profissionais de saúde. A empresa passou a vender diariamente 100 macacões e 100 aventais de tyvek, material que impede a passagem de micro-organismos, através de uma loja online criada durante a pandemia. “Havia tentado vender online anteriormente duas vezes, ambas sem sucesso. O isolamento e o aumento da demanda mudaram tudo”, explica Thais. O sucesso foi tão significativo que a empresária decidiu se adequar às regras da Anvisa para continuar fornecendo EPIs mesmo após a pandemia.

Leila Martinelli: do buffet infantil às marmitas fit

Leila Martinelli, de 30 anos, era responsável por um buffet infantil em Guarulhos (SP) que realizava cerca de 300 festas por mês em 2019. Com a chegada da pandemia em 2020, o negócio foi paralisado e acumulou dívidas. Em setembro daquele ano, Leila decidiu vender o estabelecimento e iniciar um novo empreendimento: a produção de marmitas fit com alimentos naturais.

“O que mais deu certo nem foi o fato de ser fit, mas ser comida natural e caseira. Me inspirei na minha avó. A gente comia muita verdura porque não tinha dinheiro para comprar carne”, conta Leila. Com apenas quatro panelas em sua produção domiciliar, ela vendeu 500 marmitas apenas em novembro de 2020. Cada refeição custava R$ 14,50, e o negócio começou com o vale-refeição da esposa de Leila, gerando um lucro de 100% já no início das operações.

Eletromatrix: adaptação e tecnologia

Erica Machado de Melo, proprietária da Eletromatrix Indústria Galvânica no Rio de Janeiro, enfrentou uma queda de 60% no faturamento em abril de 2020. Para manter o funcionamento da empresa, ela adotou medidas como a redução de jornada e salário para cinco funcionários e a suspensão de contrato para três colaboradores do grupo de risco.

Além das mudanças nos contratos de trabalho, Erica investiu em tecnologia através de uma parceria com a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Os pesquisadores trabalharam junto com a área de produção da empresa em busca de iniciativas mais sustentáveis e rentáveis, como reaproveitamento de materiais, redução no consumo de energia e melhoria em maquinário. “Já sentimos uma recuperação. No mês passado, o faturamento retornou ao patamar do início do ano”, relatou Erica.

Graminha e Um Teco de Sabor: diversificação de negócios

Harianne Barros, proprietária da pizzaria Graminha em Santos (SP), viu o fechamento do salão do estabelecimento, que representava 70% do faturamento da empresa. Deprimida pela crise e pela falta de contato com o público, Harianne decidiu organizar um aniversário online para uma amiga, entregando entradas e antepastos na casa dos convidados.

A ideia despretensiosa deu origem a um novo negócio: o “Um Teco de Sabor”, focado na entrega de antepastos. “No começo da pandemia, perdi 80% da minha renda por causa do fechamento do salão. Em junho, voltamos a atender os clientes. Se houver uma nova restrição na região, poderei compensar a perda de faturamento de uma empresa pela demanda de entrega de antepastos da outra”, explicou a empresária. A nova empresa começou com sete pedidos por final de semana e chegou a 40 no meio da pandemia.

Parafuso Fácil: digitalização antecipada

Paulo Schwarz, fundador da Sipar Ferramentas em Jaraguá do Sul (SC), criou em novembro de 2019 o Parafuso Fácil, um e-commerce de parafusos e elementos de fixação. O que ele não esperava era que a divulgação do negócio coincidiria com o fechamento da loja física devido à pandemia.

“Tenho uma equipe de 40 pessoas que teve de parar de trabalhar na loja física e, na época, foi para o novo site porque o centro de distribuição não parou de funcionar”, lembrou ele. Para que os clientes pudessem comprar os produtos certos pela internet, o site oferecia imagens de diversos ângulos de cada item, informações comparativas entre os modelos e tabelas explicativas. Com pouco mais de um ano, o Parafuso Fácil contava com 15 mil itens à venda e faturava 10% do rendimento da Sipar. “A gente estava com a ferramenta certa, na hora certa”, afirmou Paulo.

Estratégias-chave para sobrevivência em crises

Estratégias-chave para sobrevivência em crises
Estratégias-chave para sobrevivência em crises

1. Reinvenção do modelo de negócio

A capacidade de pivotar operações emergiu como um diferencial crítico durante as crises. Empresas como a Senhor Coelho, que redirecionou sua produção de uniformes para EPIs, e a Quinta do Olivardo, que implementou serviços de delivery e drive-thru, demonstraram como a identificação de novas demandas de mercado pode ser crucial para a sobrevivência.

2. Adoção de tecnologias digitais

A transformação digital tornou-se inevitável, especialmente durante a pandemia, com 83% das PMEs considerando-a essencial para a recuperação. A criação de lojas online, o uso de plataformas de comunicação remota e a automação de processos administrativos permitiram que empresas ampliassem sua exposição geográfica e diversificassem públicos.

3. Gestão financeira rigorosa

O planejamento de fluxo de caixa e a renegociação de contratos foram medidas prioritárias para 65,8% das PMEs durante a COVID-19. Empresas que mantiveram reservas financeiras para pelo menos 9 meses mostraram taxa de sobrevivência 15,6% superior às demais. A adesão a programas governamentais, como o adiamento de tributos e linhas de crédito emergenciais, também foi fundamental para muitas empresas.

4. Flexibilidade na gestão de pessoas

A adaptação nas relações de trabalho, incluindo a redução de jornada, o trabalho remoto e a qualificação de equipes em competências digitais, permitiu que empresas como a Eletromatrix mantivessem suas operações mesmo com queda no faturamento. Especialistas recomendam que o desligamento de funcionários seja um dos últimos recursos, pois “o time é o mais difícil de recompor — e é ele que ajuda a empresa a se recuperar”.

5. Colaboração e parcerias estratégicas

A formação de redes de apoio e parcerias estratégicas ajudou muitas PMEs a superarem momentos críticos. A Fórmula Animal, rede de farmácias de manipulação veterinária, reuniu pedidos de matéria-prima e embalagens de todos os seus 76 franqueados para garantir maior poder de barganha com fornecedores, evitando o repasse de custos aos clientes.

Lições aprendidas e recomendações para futuras crises

Lições aprendidas e recomendações para futuras crises
Lições aprendidas e recomendações para futuras crises

Fortalecimento de reservas financeiras

PMEs com capital de giro para 9 meses ou mais demonstraram taxa de sobrevivência significativamente superior durante crises. Especialistas recomendam que empresas mantenham uma reserva de emergência equivalente a pelo menos seis meses de despesas fixas, permitindo maior flexibilidade para enfrentar períodos de queda nas vendas.

Diversificação de fontes de receita

A dependência excessiva de um único produto, serviço ou canal de vendas mostrou-se arriscada durante crises. Empresas que conseguiram diversificar suas fontes de receita, como a pizzaria Graminha com o “Um Teco de Sabor”, tiveram maior capacidade de absorver impactos negativos em setores específicos.

Investimento contínuo em digitalização

A pesquisa do Sebrae e da FGV apontou que empresas digitalizadas tiveram mais facilidade para honrar dívidas durante a pandemia. O investimento em e-commerce, automação e análise de dados deve ser priorizado mesmo em períodos estáveis, preparando o negócio para possíveis mudanças abruptas no comportamento do consumidor.

Monitoramento constante do mercado

A capacidade de identificar tendências emergentes e antecipar mudanças no comportamento do consumidor foi crucial para empresas que conseguiram se adaptar rapidamente. O monitoramento constante do mercado permite que PMEs identifiquem oportunidades mesmo em cenários adversos, como fez a Senhor Coelho ao perceber a demanda por EPIs.

Desenvolvimento de uma cultura de resiliência

Empresas que cultivaram uma cultura de resiliência, com equipes preparadas para lidar com mudanças e incertezas, demonstraram maior capacidade de adaptação durante crises. O desenvolvimento de habilidades como resolução de problemas, criatividade e flexibilidade entre os colaboradores contribui para a construção de organizações mais resilientes.

Conclusão

As histórias reais apresentadas neste artigo demonstram que, apesar dos desafios impostos pelas crises econômicas, muitas PMEs brasileiras conseguiram não apenas sobreviver, mas também se reinventar e encontrar novos caminhos para seus negócios. A capacidade de adaptação, a gestão financeira rigorosa, a adoção de tecnologias digitais e a diversificação de fontes de receita emergiram como estratégias fundamentais para a resiliência empresarial.

É importante ressaltar que cada crise traz seus próprios desafios e oportunidades, e não existe uma fórmula única para garantir a sobrevivência de um negócio. No entanto, as lições aprendidas por empreendedores que enfrentaram e superaram períodos de instabilidade econômica oferecem insights valiosos para aqueles que buscam fortalecer seus empreendimentos contra futuras adversidades.

Como afirmou Harianne Barros, da pizzaria Graminha: “O mais importante de toda essa mudança foi a parte emocional. O ‘Teco’ me deu um fôlego novo. Descobri que dá para transformar a tristeza em produtividade”. Esta perspectiva resume bem o espírito empreendedor que permitiu a tantas PMEs brasileiras transformarem desafios em oportunidades, demonstrando que, com criatividade, resiliência e adaptabilidade, é possível não apenas sobreviver, mas também prosperar em tempos de crise.

Sobre o Autor

William Galeskas é especialista em contabilidade e consultoria tributária, com mais de 15 anos de experiência no apoio a pequenas e médias empresas. Atualmente, é Diretor na MG Consultoria Empresarial e da Hector Contador Digital, onde desenvolve soluções personalizadas para ajudar empreendedores a superarem desafios financeiros e tributários. Formado em Ciências Contábeis com especialização em Gestão Financeira, William já auxiliou centenas de PMEs a implementarem estratégias de resiliência financeira durante períodos de crise econômica.

Perguntas Frequentes sobre como PMEs sobreviveram a crises econômicas

Como uma pequena empresa pode se preparar financeiramente para uma crise econômica?

Especialistas recomendam manter uma reserva financeira equivalente a pelo menos seis meses de despesas fixas, revisar regularmente o fluxo de caixa, diversificar fontes de receita e estabelecer linhas de crédito antes que sejam necessárias. Também é importante reduzir despesas não essenciais e renegociar contratos com fornecedores e clientes para garantir termos mais flexíveis durante períodos de instabilidade.

Quais tecnologias digitais são mais importantes para PMEs durante crises?

As ferramentas de e-commerce, sistemas de gestão integrada (ERP), plataformas de comunicação remota e automação de marketing têm se mostrado essenciais durante crises. A presença digital através de redes sociais e um site bem estruturado também são fundamentais para manter a comunicação com clientes e expandir o alcance geográfico do negócio, especialmente quando há restrições ao atendimento presencial.

Como identificar novas oportunidades de mercado durante uma crise?

O monitoramento constante do comportamento do consumidor, a análise de tendências emergentes e a observação das necessidades não atendidas são estratégias eficazes para identificar oportunidades. Manter contato próximo com clientes para entender suas dificuldades e realizar pesquisas de mercado, mesmo que informais, também pode revelar nichos potenciais. Além disso, analisar como empresas de outros setores estão se adaptando pode inspirar novas ideias para o seu próprio negócio.

Qual a importância das parcerias estratégicas durante períodos de crise?

Parcerias estratégicas podem proporcionar economia de escala, compartilhamento de recursos, ampliação do alcance de mercado e diluição de riscos. Durante crises, colaborar com outras empresas complementares permite negociar melhores condições com fornecedores, compartilhar custos de marketing e distribuição, e até mesmo desenvolver novos produtos ou serviços que atendam às necessidades emergentes dos consumidores.

Como manter a motivação da equipe durante períodos de instabilidade?

Comunicação transparente sobre a situação da empresa, envolvimento dos colaboradores na busca por soluções, reconhecimento dos esforços individuais e coletivos, e investimento em capacitação são estratégias eficazes para manter a motivação da equipe. Criar um ambiente que valorize a criatividade e a inovação também estimula os funcionários a contribuírem com ideias que podem ser cruciais para a sobrevivência e adaptação do negócio durante crises.

Bibliografia

  1. Carta Capital. “Futuro da economia brasileira passa pela capacitação e fomento das PMEs”. Disponível em: https://www.cartacapital.com.br/do-micro-ao-macro/futuro-da-economia-brasileira-passa-pela-capacitacao-e-fomento-das-pmes/
  2. TI Rio. “Crise atinge 63% das PMEs brasileiras”. Disponível em: https://www.ti.rio/crise-atinge-63-das-pmes-brasileiras/
  3. G1 Economia. “Crise afeta faturamento dos pequenos negócios, que cai 17%”. Disponível em: https://g1.globo.com/economia/pme/noticia/2015/12/crise-afeta-faturamento-dos-pequenos-negocios-que-cai-17.html
  4. FecomercioSP. “Levantamento realizado pela FecomercioSP mostra percepções de PMEs frente à crise causada pela pandemia”. Disponível em: https://fecomercio.com.br/noticia/levantamento-realizado-pela-fecomerciosp-mostra-percepcoes-de-pmes-frente-a-crise-causada-pela-pandemia
  5. Você S/A. “Por um fio: a luta dos pequenos negócios e a ajuda que vem dos grandes”. Disponível em: https://vocesa.abril.com.br/empreendedorismo/por-um-fio-a-luta-dos-pequenos-negocios-e-a-ajuda-que-vem-dos-grandes
  6. G1 Economia. “O ano em que os brasileiros enfrentaram mais uma crise: G1 conta histórias de quem tenta sobreviver e de quem se reinventou”. Disponível em: https://g1.globo.com/economia/noticia/2020/12/15/o-ano-em-que-os-brasileiros-enfrentaram-mais-uma-crise-g1-conta-historias-de-quem-tenta-sobreviver-e-de-quem-se-reinventou.ghtml
  7. Exame. “20 estratégias para seu negócio sobreviver à crise”. Disponível em: https://exame.com/pme/20-estrategias-para-seu-negocio-sobreviver-a-crise/
  8. Gazz Conecta. “Para 83% das PMEs brasileiras, tecnologia é a melhor resposta para se recuperar da crise”. Disponível em: https://gazzconecta.com.br/gazz-conecta/para-83-das-pmes-brasileiras-tecnologia-e-a-melhor-resposta-para-se-recuperar-da-crise/
  9. RD Station. “Panorama PMEs: Os impactos da COVID-19 e os passos para a retomada”. Disponível em: https://www.rdstation.com/blog/materiais-educativos/ebooks/panorama-pmes-os-impactos-da-covid-19-e-os-passos-para-a-retomada/
  10. G1 Economia. “Empresas digitalizadas se endividaram menos durante a pandemia, diz pesquisa”. Disponível em: https://g1.globo.com/economia/noticia/2020/08/20/empresas-digitalizadas-se-endividaram-menos-durante-a-pandemia-diz-pesquisa.ghtml
  11. Terra. “Crise, mudança e adaptação: empresário ajuda empreendedores a acelerarem a retomada dos negócios”. Disponível em: https://www.terra.com.br/noticias/dino/crise-mudanca-e-adaptacao-empresario-ajuda-empreendedores-a-acelerarem-a-retomada-dos-negocios,cf3b93043127b81eab29df86f0c75c83ag292n8c.html

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